Insuficiência Ovariana Prematura
A notícia do diagnóstico da cantora Naiara Azevedo trouxe à tona o tema da Insuficiência Ovariana Prematura (IOP).
> O que é a IOP?
É a perda de função dos ovários antes dos 40 anos, que se diferencia da menopausa precoce (dos 40-45 anos) e da menopausa fisiológica que ocorre a partir dos 45 anos. Pode ser definitiva ou transitória, em alguns casos.
> Quando suspeitar dessa condição?
Diante de um quadro de irregularidade menstrual ou amenorreia (ausência da menstruação), que pode ser secundária, ou seja, em pessoas que menstruavam normalmente ou até mesmo a amenorreia primária, quando nunca houve menstruação.
> Como fazer o diagnóstico?
A partir da suspeita clínica, é necessário realizar dosagens hormonais para confirmação.
> Quais são as causas?
Podem ser genéticas, auto-imunes, cirúrgicas ou associadas a quimioterapia e radioterapia. No entanto, na maioria não se identifica uma causa específica, o que chamamos de um quadro idiopático.
> Como deve ser feito o tratamento?
O tratamento é obrigatório para evitar os efeitos e riscos da privação hormonal, exceto na presença de contraindicações à reposição hormonal. Devem ser usadas doses mais altas que simulam a produção hormonal no menacme, que são mantidas até a idade habitual da menopausa, quando a dose pode ser reduzida.
> E quando há desejo de engravidar?
Para quem deseja engravidar, o ideal é procurar um profissional de reprodução assistida, sendo as maiores chances através da doação de óvulos. Em pacientes que irão realizar quimioterapia ou radioterapia, o ideal é realizar a preservação de fertilidade antes do tratamento.
No entanto, pode ocorrer gestação natural em até 5-10%, sendo indicado o uso de algum método contraceptivos se houver exposição para quem não deseja gestar, principalmente a depender do tempo de diagnóstico e sua causa.
A avaliação médica é essencial para o diagnóstico adequado, tratamento correto e avaliação contínua!